Restauração



“O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam.” Isaias 58.11



Há pouco tempo estive envolto em uma tarefa prazerosa, e que também provocou certo saudosismo. Vi-me mergulhado em lembranças provocadas por uma caixa cheia de brinquedos da minha infância! O mais interessante foi encontrar, carinhosamente guardados, brinquedos bem gastos, alguns com pequenos danos, consertados por uma criança sem a perícia de um profissional; mas lá estavam eles, preservados em uma ‘cápsula do tempo’.
            Restauração é um assunto interessante. Primeiro pela arte em si, um dom maravilhoso o de se poder, de alguma forma, recuperar algo danificado. E havemos de considerar um outro importante aspecto desse ofício: Só se restaura aquilo ao que se atribui algum valor! Existindo apreço pelo objeto, independentemente do seu valor material, ele sempre será considerado como digno do trabalho e/ou investimento necessário para sua recuperação. Ele não será visto como algo simplesmente substituível ou descartável.
            Somos vasos de barro nas mãos de um hábil oleiro, que está permanentemente trabalhando no aperfeiçoamento de Suas peças, valiosas aos Seus olhos. Vasos de barro, de simples argila – não confunda com o barro do Mediterrâneo, de propriedades terapêuticas e curativas, portanto considerado ‘valioso’... O nosso valor, enquanto vasos de barro, está exclusivamente na habilidade do paciente, generoso e amoroso oleiro, que apesar de nossas imperfeições, de nossas constantes rachaduras, insiste em nos reparar para fazer uso dessas humildes peças em Sua obra. Ele não poupou e não poupa esforços nessa divina tarefa. Investiu o que lhe era mais precioso nesse trabalho de restauração, e com preço de sangue, o sangue de Jesus Cristo, hoje somos feitos vasos de bênçãos, escolhidos de Deus para as novas levar aos perdidos


Pr. Euripedes Fraga


                                 



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